Mensagem de 25 de setembro de 2013



Queridos filhos! Hoje novamente os convido à oração. Que a sua relação com a oração seja diária. A oração faz milagres em vocês e, através de vocês. Por isso, filhinhos, que a oração possa ser uma alegria para vocês. E assim a relação de vocês com a vida será mais profunda e aberta. Então compreenderão que a vida é um presente para cada um de vocês. Obrigada por terem atendido ao meu chamado.




Comentário da Mensagem


É novamente com um atraso de alguns dias que comento a mensagem da Gospa do passado dia 25 de Setembro. Um atraso justificado… Estive em Roma com um grupo de peregrinos. Em Roma e também em Assis, Pádua, Siena, Bolonha, mas terminámos em Roma onde o grupo permaneceu nos últimos quatro dias e, sem o termos programado, participámos, no Domingo, dia 29, na Missa do Papa Francisco com catequistas de mais de cinquenta países. Que enorme graça!

Na homilia do passado dia 24 de Setembro, na capela da Casa de Santa Marta, dizia o Papa Francisco: «Na história do povo de Deus há bons momentos, que dão tanta alegria, e também há momentos ruins, de dor, de martírio, de pecado. Seja nos momentos maus, seja nos momentos bons – acrescentou o Papa – uma coisa é sempre igual: o Senhor está lá, nunca abandona o Seu povo! A Igreja canta com alegria a humildade de Deus que nos acompanha pessoalmente por meio dos sacramentos». (…) O Espírito Santo – continuou o Papa – acompanha-nos e ensina-nos tudo, recorda-nos tudo o que Jesus nos ensinou e faz-nos sentir a beleza do bom caminho».

Na Igreja, fortificados pela graça dos sacramentos, conduzidos pelo Espírito Santo …  ao colo de Maria Santíssima! Quem temerá? Indefesos, débeis, pecadores, ousamos sonhar longe, queremos ser santos!

A Mãe, terna e paciente, convida-nos de novo à oração:

Que a vossa relação com a oração seja diária.

Quando Nossa Senhora nos fala em oração diária, até porque estamos em Outubro que a piedade popular consagrou como “mês do Rosário”, pensamos logo na recitação do terço. Há noventa e seis anos, na aparição de dia 13 de Outubro de 1917, Nossa Senhora disse aos pastorinhos: «Sou a Senhora do Rosário, rezem o terço todos os dias». Bento XVI dizia: «Somos convidados a deixar-nos guiar por Maria nesta oração antiga e sempre nova, que Lhe é querida de modo especial porque nos conduz directamente a Jesus: nas palavras que pronunciou antes do Angelus, a 10 de Outubro de 2010, disse ainda o Papa Emérito recomendando a recitação do terço: «É oração do coração, na qual a repetição da Ave Maria orienta o pensamento e o afecto para Cristo e, por conseguinte, faz-se súplica confiante à Mãe de Deus e nossa Mãe».

Não é supérfluo insistir no facto de que o terço não é uma recitação mecânica de preces, mas uma recitação vocal que deve ser acompanhada pela meditação dos mistérios da Infância, Vida Pública, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo. Na ocasião já atrás referida, Bento XVI referiu que o terço «é uma oração que ajuda a meditar a Palavra de Deus tendo como modelo a Virgem Maria que conservava no Seu Coração tudo o que Jesus fazia e dizia».

Filhinhos, que a oração seja alegria para vós.

Se a oração não constitui para nós uma alegria, não é uma fonte de alegria, não nos torna apóstolos da alegria, é porque somos tontos… Juliana de Norwich, uma mística inglesa da segunda metade do século XIV, que entrou ainda pelo século seguinte, testemunha a sua experiência: «Nosso Senhor fez-me uma revelação sobre a oração. Vi que ela assenta em duas condições: a rectidão e a confiança. Muitas vezes, a nossa confiança não é total. Não temos a certeza de Deus nos escutar, pensando que somos indignos. Muitas vezes, depois de rezarmos, estamos tão secos e estéreis como estávamos antes. A nossa fraqueza vem de sermos tontos, como eu própria o experimentei».

Tontos porquê? Porque temos a pretensão de, na oração, impôr o ritmo, controlar Deus, em vez de Lhe apresentamos, por intermédio de Maria, os nossos corações abertos e purificados…  «Eu sou a origem da tua súplica. Primeiro, sou Eu que quero fazer-te esse dom, seguidamente faço-o de modo a que tu mesma o queiras», revelou Jesus à mística inglesa. Tonto é aquele que julga que a oração depende de si próprio e não se abre ao dom de Deus. Aquele que não é tonto experimenta alegria na oração porque o Espírito Santo reza nele e Maria encherá o seu coração de amor pelo Seu Filho Jesus, como Ela própria prometeu.

No mesmo sentido vai este pensamento da Beata Teresa de Calcutá: «Não conseguimos encontrar a Deus no barulho, na agitação. (…) No silêncio, Deus escuta-nos; no silêncio, fala às nossas almas. No silêncio é-nos dado o privilégio de ouvir a Sua voz: Silêncio dos nossos olhos. Silêncio dos nossos ouvidos. Silêncio da nossa boca. Silêncio do nosso espírito. No silêncio do coração, Deus falará. Se estivermos atentos ao silêncio, será fácil orar».

Assim, a vossa relação com a vida será mais profunda e mais aberta e compreenderão que a vida é um dom para cada um de vós.

Recordemos o ensinamento do Papa Francisco no Angelus do dia 21 de Julho passado: «Também na nossa vida cristã, a oração e a acção estão sempre profundamente unidas. Uma oração que não leva às acções concretas em favor do irmão pobre, doente, necessitado de ajuda, do irmão em dificuldade, é uma oração estéril e incompleta. Mas, da mesma forma, quando no serviço eclesial ficamos atentos apenas ao fazer, quando damos mais peso às coisas, às funções, às estruturas, esquecendo-nos da centralidade de Cristo, não reservando tempo para o diálogo com Ele na oração, então corremos o risco de servir a nós mesmos e não a Deus presente no irmão necessitado». E mais adiante: «É da contemplação, de uma forte amizade com o Senhor, que nasce em nós a capacidade de viver e de transmitir o amor de Deus, a Sua misericórdia e a Sua ternura para com os outros. E o nosso trabalho com o irmão em necessidade, o nosso trabalho de caridade nas obras de misericórdia, leva-nos ao Senhor porque vemos justamente o Senhor no irmão e na irmã necessitados.

Voltemos de novo ao pensamento da Beata Teresa de Calcutá: «Há tanta tagarelice, coisas repetidas, coisas escusadas naquilo que dizemos e escrevemos. A nossa vida de oração é afectada porque o nosso coração não está silencioso. Vou manter com mais cuidado o silêncio no meu coração, para que, no silêncio do meu coração, ouça as Suas palavras de consolação e, a partir da plenitude do meu coração, possa consolar Jesus escondido no infortúnio dos pobres».

A oração faz milagres em vós e através de vós!

Que seja este também o nosso propósito: «manter com mais cuidado o silêncio no meu coração», condição indispensável para que a oração faça milagres em nós e através de nós. Para esta vitória sobre as minhas pretensões tolas, sobre a tagarelice, sobre a oração estéril e palavrosa, cheia de mim e pouco aberta à acção de Deus, o Rosário é a arma certa!

Cónego Armando Duarte
Lisboa, 3 de Outubro de 2013


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