20/03/2016 :: Aniquilação e humilhação: estas duas atitudes de Cristo guiaram a homilia do Papa Francisco no Domingo de Ramos (20/03).

 
 
Cidade do Vaticano – Aniquilação e humilhação: estas duas atitudes de Cristo guiaram a homilia do Papa Francisco no Domingo de Ramos (20/03). 
 
Francisco recordou o entusiamo com o qual Jesus foi acolhido em Jerusalém. Do mesmo medo, afirmou, Cristo deseja entrar em nossas cidades e nossas vidas. “Que nada nos impeça de encontrar Nele a fonte da verdadeira alegria, pois só Jesus nos salva das amarras do pecado, da morte, do medo e da tristeza.”
 
Entretanto, a Liturgia de hoje nos ensina que o Senhor não nos salvou com uma entrada triunfal nem por meio de milagres prestigiosos. O apóstolo Paulo, na segunda leitura, resume o caminho da redenção com dois verbos: “aniquilou-Se” e “humilhou-Se” a Si mesmo.
 
“Estes dois verbos nos indicam até que extremo chegou o amor de Deus por nós. Jesus aniquilou-Se a Si mesmo: renunciou à glória de Filho de Deus e tornou-Se Filho do homem. E não só… Viveu entre nós numa condição de servo: não de rei nem de príncipe, mas de servo. Para isso, humilhou-Se e o abismo da sua humilhação, que a Semana Santa nos mostra, parece sem fundo.”
 
O primeiro gesto deste amor “sem fim” é o lava-pés, explicou Francisco. “Mostrou-nos, com o exemplo, que temos necessidade de ser alcançados pelo seu amor, que se inclina sobre nós; não podemos prescindir dele, não podemos amar sem antes nos deixarmos amar por Ele e sem aceitar que o verdadeiro amor consiste no serviço concreto.
Mas isto é apenas o início, ressaltou o Papa. A humilhação que Jesus sofre torna-se extrema na Paixão. Ele é abandonado, renegado, sofre a infâmia e a iníqua condenação. Jesus sente na pela a indiferença, porque ninguém quer assumir a responsabilidade por seu destino. A este ponto, Francisco saiu do texto para citar os inúmeros “marginalizados, prófugos e refugiados” dos quais ninguém quer asumir a responsabilidade por sua sorte.
 
Mas a solidão, a difamação e o sofrimento não são ainda o ponto culminante do seu despojamento. Para ser solidário conosco em tudo, na cruz experimenta também o misterioso abandono do Pai. No ápice da aniquilação, Jesus revela o verdadeiro rosto de Deus, que é misericórdia. Perdoa aos seus algozes, abre as portas do paraíso ao ladrão arrependido e toca o coração do centurião. “Se é abissal o mistério do mal, infinita é a realidade do Amor que o atravessou.”
 Todavia, acrescentou, o modo de agir de Deus pode nos parecer muito distante. “Ele renunciou a Si mesmo por nós; e quanto nos custa renunciar a algo por Ele e pelos outros! Mas, se queremos seguir o Mestre, somos chamados a escolher o seu caminho: o caminho do serviço, da doação, do esquecimento de nós próprios.”
 
 Para o Pontífice, podemos aprender este caminho detendo-nos nestes dias em contemplação do Crucificado, “cátedra de Deus”, “para renunciar ao egoísmo, à busca do poder e da fama”. Citando a Gaudium et Spes, Francisco afirmou que nos esquecemos que “o homem vale mais por aquilo que é do que por aquilo que tem”. 
 “Fixemos o olhar Nele, peçamos a graça de compreender algo da sua aniquilação por nós”, foi a exortação final do Papa Francisco.
 
 
 
Fonte: Radio Vaticano

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